Wednesday 31 July 2013

DEZ DIFERENCAS ENTRE CANADA E BRASIL

DEZ DIFERENCAS ENTRE CANADA E BRASIL 
 
  1. 1)      A lei do encapamento dos canudinhos ainda não chegou por aqui, canudinhos ficam em cima do balcão ao alcance de todas as mãos, insetos e outros, assim como no Bar do Vaxquinho (Floripa) ou no Bar do Hugo (Pato Branco).


    2)      Os professores de academia daqui dão em cima das gurias de uma forma aproximadamente 849583 vezes mais dicreta e comedida do que os professores de academia no Brasil.


    3)      As sinaleiras (vulgos semáforos) não são sincronizados aqui, você pode pegar trocentas sinaleiras vermelhas em sequência na mesma rua.


    4)      A forma mais comum de beber cerveja aqui é sentar-se à mesa de um bar e pedir uma pichet (uma jarra de cerveja). A jarra, simples como da casa da nossa vó, não possui nenhum isolante térmico, fica por dezenas de minutos ou mais de uma hora sobre sua mesa e ninguém acha ou percebe que a cerveja está esquentando (nem eu mais percebo).


    5)      Muitos canadenses recebem o salário em casa, em forma de cheque. Então eles precisam pegar este cheque e irem ao banco. Se depositarem na boca do caixa (manual), o dinheiro estará disponível em “apenas” 5 dias úteis. Esta é a forma mais rápida de tornar o dinheiro disponível. Eu recebo meu salário assim. :(


    6)      No Québec (província na qual vivo) muitas igrejas seculares estão se tornando museus devido à baixíssima frequência de fiéis às missas e/ou cultos.


    7)      Canadenses não usam meias brancas, praticamente apenas meias escuras. Creio que possuem este costume para encardir menos as mesmas, porque sempre que alguém chegar à tua casa, ela tirará o sapato e ficará apenas de meia. 


    8)      Passei um inverno aqui até o momento, com temperaturas alguns dias atingindo abaixo de  -30°C. Mas não tenho cobertor e nem sequer edredom (é assim que se escreve edredom? Edredom é marca ou um tipo específico de cobertor?). Tenho lençóis e apenas uma mantinha vagabunda que comprei numa farmácia aqui do lado. Uma das coisas que aprendi mais rápido aqui foi não passar frio. Penso no quanto passarei frio se voltar a morar no sul do Brasil.


    9)      Em Montreal, as pessoas aguardam o ônibus em fila. Sempre. É normal haver filas nos pontos mais movimentados (nas estações de metrô, por exemplo), com mais de 30 ou 40 metros. Quando o busão chega, todos, ordeiramente seguem a fila e entram calmamente no veículo automotor, de acordo com a ordem de chegada ao ponto de ônibus.

    10) Motoristas de ônibus ganham muito bem aqui (e uma alta porcentagem deles têm tatuagem, assim como em Floripa. Mas ao invés dos nomes de pessoas da família, os daqui costumam tatuar o que todo mundo tatua, dragão, estrela, tribal, frases em japonês, magos, enfim). Parece que iniciam a carreira ganhando em torno de 30 dólares a hora. Além disso, ser chofer de busão aqui é uma barbada. Pois por aqui não há subidas, consequentemente, também não há descidas. Todos os veículos são câmbio automático. Os passageiros não xingam o motora. Os busões não ficam cheios até a boca. Os passageiros não reclamam. O trânsito é tranquilo e educado. Isso tudo atrai muitos jovens capacitados e razoavelmente bem formados para esta profissão. Inclusive muitas mulheres, jovens e bonitas. Eu mesmo, já me apaixonei por umas 3 ou 4 motoristas de busão. :)

Tuesday 30 April 2013

Parece que eles tratam bem as mulheres, mas parece que só parece


Depois de um longo e tenebroso inverno, sim, realmente longo e realmente tenebroso, e nunca falei isto com tanta "literalidade", (alô Huck, essa é boa pro soletrando), o blog saiu da toca e está de volta. Na verdade eu andava com muita preguiça de escrever e havia feito uma promessa: voltaria a escrever apenas depois que eu pudesse usar havaianas na rua, e este sonhado dia finalmente chegou, então, bora lá!

Bom, esta foto aí abaixo, eu tirei dentro de um busão (condução, latão, mercedão, circular, van articulada, depende do lugar que tu vives). Gostei muito deste cartazinho, nele há a explicação que as mulheres que estão solitas no busão à noite, por questão de segurança, pode solicitar ao chofer para parar o veículo em qualquer lugar da rua, mesmo fora ou longe do ponto de ônibus. Eu acho fantástico, o respeito, a cordialidade e a preocupação para com as femmes.

PS- a foto acima que mencionei não estou conseguindo colocar aqui. Na verdade tá na postagem do facebook quando compartilhei o texto do blog.  real, escrevi este texto há semanas, mas tô lutando direto contra este fdp de sistema deste blog, e não consigo.  Até que decidi publicar sem foto mesmo, deve haver um jeito de resolver isso, mas eu não consigo, o choque cultural de quem conheceu elevador com 15 anos e mexer na internet aos 30 ainda é visível, hehehehe.

Voltando à foto que vocês não estão vendo, quando a vi, pensei: puxa vida, quanto cavalheirismo, aqui a mulherada pelo jeito é bem tratada. Mas depois, analisando o dia-a-dia, bate-papo ali, aqui e acolá, cheguei a uma conclusão um poquito diferente.
As canadenses parece não serem bem tratadas. O que vejo de casal onde o homem anda longe da mulher, pega a escada rolante ou elevador antes, não tá no gibi. Me lembram o Vitalino, um senhor lá de Planalto, minha cidade natal, que costumava sair de bicicleta e a mulher a pé. Então, onde quer que eles fossem, missa, jogo de bocha, jantar na casa de amigos, batizado ou velório, o seu Vitalino sempre chegava antes, e depois de meia hora ou mais chegava a senhora Vitalino :). Além disso, não foi uma ou duas vezes aqui que vi casais saindo do supermercado e a mulher carregando mais sacolas que o homem, de cair os butiá do bolso né?

Outra coisa que acho engraçada são casais que andam sem estar de mãos dadas, a maioria. Ok, isto é apenas cultural, e não falta de respeito. Me lembro que em 2011 quando morei na Nova Scotia, havia um casal que morava na república, super gente boa, as vezes saíamos nós 3 pra cachaça, os 3 andando pela rua, eles sem mãos dadas, normalmente ela no meio, quem visse, não sabia quem pegava quem ali, ou se alguém pegava alguém.

Depois, conversando com as franco-canadenses (daqui, da província de Québec), algumas se queixam pacas dos homens daqui por estas questões. Reclamam que os homens não as tratam bem, que são viciados em video-game (pai, cada dia te agradeço mais por ter me dado uma enxada ao invés de um atari quando eu era piá). Também já ouvi outras falarem que preferem os latinos por estas bandas, pois estes seriam mais 'iniciativos" e educados para com elas.

Falando em iniciativa, outra reclamação constante aqui é de que a gurizada "não chega". E aí, olha só que interessante, aqui no Québec, o costume e normal é a mulherada "chegar"nos homens. Sério, tô falando sério. Imagino eu, cá com meus botões da minha camisa xadrez que minha irmã me deu, que este seja um comportamento de "contra-cultura" das mulheres quebequenses, que cansaram de ficar como mulher feia em baile do interior, sentadas no canto do salão, que passavam a noite toda comendo pastel com coca-cola,  pois ninguém as chamava para dançar. Bom, mas este assunto da mulherada que chega nos homens é tão interessante e divertido, que deixarei para um próximo post.